O cinto de segurança é um dispositivo imprescindível para proteger, quer o condutor, quer os passageiros. Este foi projetado para, em caso de embate, impedir a projeção dos mesmos para fora do veículo, evitando ou minimizando a gravidade das lesões em caso de acidente.
No entanto, são várias as pessoas que continuam a andar sem cinto de segurança por acharem que é desconfortável ou até por medo de ficarem presas no veículo em caso de acidente. No entanto, as estatísticas demonstram que o uso do cinto de segurança reduz, tanto a gravidade dos acidentes, como a ocorrência de ferimentos. Continue a ler o artigo.
O que é e para que serve?
Os cintos de segurança são feitos de um material extremamente resistente e quando combinados com os airbags e pré-tensores são uma mais-valia em caso de embate.
Quando os airbags são acionados, amortizam o impacto dos passageiros nas superfícies do veículo, protegendo e minimizando os danos ao nível do rosto, peito e coluna.
Já os pré-tensores permitem ajustar o cinto de segurança ao corpo, eliminando possíveis folgas, garantindo assim uma maior segurança para todos os ocupantes do veículo.
Os acidentes nem sempre são evitáveis, mas o uso do cinto pode fazer toda a diferença no que diz respeito às consequências. Este facto por si só já deveria ser o suficiente para incentivar à sua utilização, mas ainda hoje o cinto de segurança é muitas vezes deixado de lado.
Lei do cinto de segurança em Portugal
No entanto, o cinto é obrigatório na União Europeia (UE), desde 2006, em todos os veículos, tanto para o condutor, como para os passageiros. Só em situações excecionais, como as que se seguem é que é dispensável:
- Os veículos agrícolas e as máquinas industriais;
- Nos bancos da frente, os carros ligeiros de passageiros e mistos matriculados antes de 1 de janeiro de 1966 e os restantes carros ligeiros matriculados antes de 27 de maio de 1990;
- Nos bancos traseiros, os carros ligeiros matriculados antes de 27 de maio de 1990.
- As pessoas que possuam um atestado médico de isenção por graves motivos de saúde, passado pela autoridade de saúde da área da sua residência;
- Dentro das localidades, os condutores de veículos de polícia e de bombeiros, bem como os agentes de autoridade e bombeiros quando transportados nesses veículos;
- Os condutores de automóveis ligeiros de aluguer, letra A, letra T;
- Os taxistas.
Cinto de segurança contra ordenação
Segundo dados estatísticos da UE, não utilizar o cinto é a terceira maior causa de morte nas estradas, logo a seguir ao excesso de velocidade e à condução sob o efeito do álcool.
O Código da Estrada, impõe o uso de equipamentos e acessórios de segurança, entre os quais o cinto de segurança.
Em Portugal, quem andar sem cinto leva multa, cujo valor pode chegar aos 600€. Para além disto, o condutor corre o risco de perder três pontos na carta de condução. No entanto, há ainda muita gente que considere desconfortável a sua utilização.
Porém, de acordo com dados estatísticos, a sua utilização reduz em 40% o risco de acidente fatal em passageiros adultos que viajam no banco da frente e entre 30% a 45% em passageiros adultos que viajam no banco de trás.
Benefícios do cinto de segurança
Este é útil sempre que o carro desacelera muito rapidamente (numa colisão frontal) ou acelera muito rapidamente (numa colisão traseira).
Existem situações em que a sua utilização pode ajudar a prevenir lesões ou salvar a vida dos condutores e passageiros. Eis alguns exemplos:
- Estar parado no trânsito e outro condutor bate na traseira do seu veículo;
- Um condutor que se aproxima e que está a tentar fazer uma ultrapassagem arriscada, resulta num acidente frontal;
- Um animal atravessa a estrada e ocorre uma colisão.
Todos os que vão no automóvel devem usar o cinto de segurança de forma adequada para tirar o máximo proveito deste equipamento de segurança. Para utilizá-lo corretamente deve encaixá-lo perfeitamente nos quadris, no peito e nos ombros.
Quando deve trocar?
Como qualquer componente de um automóvel, o cinto também tem tempo vida útil. E como é um item fundamental, pode colocar a segurança de todos os ocupantes em risco, caso não esteja em perfeitas condições. O seu desgaste é notado nas seguintes situações:
- Fivela não se mantém presa ao fecho;
- Cinto de segurança travado;
- Tecido do cinto desgastado.
É nestas alturas que se deve proceder à sua substituição. Usado incorretamente, não só é menos eficaz na redução da gravidade dos ferimentos sofridos aquando de uma colisão, como também pode causar mais ferimentos que, de outra forma, não teriam ocorrido se o cinto de segurança tivesse sido utilizado corretamente.
Assim sendo, saber usá-lo é uma garantia de se expor a riscos menores.
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