Uma das questões incontornáveis para os apaixonados por automóveis é se vale a pena ou não a reprogramação de centralinas.
Independentemente da razão, a verdade é que se quer otimizar o seu carro, certamente que já pensou ou ouviu algum conselho relativamente ao reprogramar a centralina. No entanto, será que é legal?
Seja porque quer otimizar o seu carro ou saber mais sobre este tema, continue a ler o artigo.
Em comparação com os veículos do século XX, os carros atuais contam com diversos componentes eletrónicos.
Por isso, é importante acompanhar as tendências do futuro do mercado automóvel, de modo a melhorar prestação do seu veículo. Uma delas inclui a reprogramação da centralina.
Atualmente, quase todos os veículos trazem incorporado um computador central que controla todos os componentes eletrónicos ligados ao motor, que se chama Unidade de Controlo do Motor (ECU, acrónimo do inglês Engine Control Unit).
O que é centralina?
Em suma, a centralina é responsável por armazenar os parâmetros de funcionamento do veículo e de como deve atuar o motor em cada situação. No entanto, estes parâmetros diferem não só de fabricante para fabricante e de modelo para modelo, como também de país para país.
Uma vez que cada país tem regulações e necessidades diferentes, há a necessidade de reprogramar o software da Unidade de Controlo do Motor, isto é, à reprogramação da centralina.
Assim, é possível alterar a informação do computador que controla os componentes eletrónicos do veículo.
Para quê reprogramar a centralina?
Embora exista a ideia de que o motor é alterado, o que se modifica é um chip chamado “Eprom Flash”, onde estão os ficheiros para reprogramação das centralinas, isto é, onde está a informação que é transmitida ao motor.
Como fazer a reprogramação de centralinas?
Uma vez que vai alterar os parâmetros do software da Unidade de Controlo do Motor, o melhor sítio para reprogramar centralinas é, sem dúvida, uma oficina especializada.
De forma sucinta, a reprogramação de centralinas é feita de forma eletrónica, começando com uma leitura e diagnóstico da viatura, tendo em conta os mapas que concernem à injeção do combustível ou à pressão do turbo.
Assim que a análise estiver feita, procede-se à definição dos mapas tendo em conta os resultados desejados. Como? Através de programas de reprogramação de centralinas.
Quanto custa uma reprogramação de centralina?
Quando se fala na reprogramação de centralinas, os preços variam tendo em conta o fabricante, o modelo e o estado da centralina. No entanto, os preços podem começar nos 250 euros.
Quais as vantagens de reprogramar a centralina?
Um estudo recente sugere que as atualizações de software para as centralinas melhoram o desempenho e o tratamento de bugs. Por isso mesmo, ao reprogramar a centralina, estará a beneficiar de:
- Reversibilidade total no caso de não gostar das alterações realizadas;
- Ganhar potência em 30% em relação aos valores apresentados em fábrica;
- Adaptação ao seu estilo de condução, pois o motor passará a responder às suas necessidades de condução específicas;
- Poupança de combustível, pois o consumo médio do combustível diminui devido à menor dependência da utilização da caixa de velocidades.
Além disso, atualmente é possível realizar uma reprogramação que cumpra com os requisitos essenciais nas Inspeções Periódicas Obrigatórias.
Quais as desvantagens da reprogramação de centralinas?
Por outro lado, a reprogramação de centralinas pode apresentar algumas desvantagens, tais como:
- Perda de garantia automóvel;
- Risco de reprovação na Inspeção Periódica Obrigatória, se não corresponder com o necessário;
- Anomalias em algumas peças do automóvel, como por exemplo, o turbo, o motor, a embraiagem, o sistema de escape, a transmissão ou o sistema de refrigeração.
Reprogramar a centralina é legal em Portugal?
Embora não seja oficialmente ilegal em Portugal, o processo de legalização deve ser aprovado pelo Instituto de Mobilidade e Transporte (IMT). Ou seja, é preciso apresentar um projeto estruturado, cujo custo varia entre os 50 e os 150 euros para analisar.
Além disso, deve ter um certificado do fabricante a atestar que a transformação não coloca em causa os níveis de segurança do veículo e que este não prejudica o meio ambiente.
Posto isto, a grande questão que se coloca é se vale a pena ou não fazer a reprogramação de centralinas.
Reprogramação de centralinas: Sim ou não?
Em primeiro lugar, deve considerar toda as questões referidas acima, nomeadamente os preços e as vantagens e inconvenientes da reprogramação de centralinas.
Posto isto, deve, acima de tudo, averiguar se esta é uma intervenção benéfica ou não para si. Por outras palavras, é importante que analise quais são as motivações que o levam a reprogramar a centralina.
Por vezes, uma manutenção preventiva pode ajudar a otimizar o desempenho do seu automóvel, aumentando também a sua segurança na condução.
Caso opte por avançar com este processo, recorra a uma oficina especializada e de confiança. Assim, evita que surjam constrangimentos por uma má reprogramação desta componente.
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